Já partilhei contigo que tive o meu primeiro contacto consciente com a espiritualidade aos 7 anos. Aos 10, comecei a procurar o que vinha trabalhar interiormente, aos 16, aprofundei a minha ligação às energias espirituais.
Era difícil falar de espiritualidade naquela época, aos 20, quis afastar-me de tudo.
Quando reiniciei o meu percurso de transformação: remover e desconstruir tudo aquilo que os meus medos tinham criado em mim, não foi um processo fácil. Parecia que nada mudava. Procurava incessantemente uma profissão que me fizesse feliz e conseguir preencher o vazio interior.
Passei por desafios que roubaram a minha autoestima, o amor-próprio e a força interior que tinha na infância. Criei crenças que começaram a limitar-me, dizendo-me que eu não era suficiente para o que queria construir, que os outros eram melhores do que eu.
Quando comecei a empenhar-me em mudanças internas, percebi que não aconteceria de um momento para o outro. Mesmo após várias terapias, conexões, palavras positivas, parecia que tudo se mantinha igual. Comecei a desesperar por não ver uma luz ao fundo do túnel.
Pensei em desistir de tudo e apenas sobreviver no caos que já se prolongava há tempo demais. No entanto, perguntas surgiam em mim: "E se estiver prestes a chegar o momento em que consigo dar a volta por cima?", "E se apenas faltar um passo e desisto mesmo à beira da mudança?"
Sabes porque não desisti, mesmo quando pensava que já não tinha mais forças? Continuei a investir no meu caminho. Porque, sem me aperceber, estava a curar-me. À medida que me entregava à cura do meu interior, mesmo sem perceber as mudanças, estava a ganhar autoconfiança, autoestima, amor por mim mesma. E isso encorajava-me a pensar: "E se estiver quase a encontrar o meu caminho?". Por mais que me apetecesse desistir, havia uma fé em mim. Era já a cura que estava a acontecer.
Se estás num momento em que te apetece desistir porque não vês nada a mudar. Lembra-te que, se procuras ajuda, então a cura está a acontecer e ela não te vai deixar desistir. Vai fazer-te lutar por ti. Porque tu és o bem mais valioso que há em ti. A luz não desiste de ti, por isso, não desistas também.