Tudo aquilo que somos, não é por acaso que o somos. Durante vários anos fui a estranha dos grupos de amigos e colegas – via, falava e sentia aquilo que para os outros era algo de paranormal, e para mim era tão comum no meu dia-a-dia.
Hoje eu quero re-apresentar-me… Muitos de vocês conhecem-me pelo meu site antigo de receitas 100% vegetais, de onde lancei o meu primeiro livro “
Cozinha 100% Vegetal e Saudável“, outros de vós conhecem-me pelo meu outro site antigo de terapias espirituais.
(já não coloco os links dos sites para não vos dissipar daqui)
Quem me conhece num deles em principio não me conhece no outro e talvez o oposto também aconteça. A realidade é que antes
não tinha coragem de me mostrar ao mundo, tudo aquilo que eu era e sou… então “escondia-me” atrás de vários sites. Era muito difícil dizer a alguém que me conhecesse na área da cozinha, que eu era terapeuta espiritual e que comunicava com pessoas falecidas, ou que conseguia ouvir os Anjos e os Guias Espirituais das outras pessoas, ou que ainda sentia com muita clareza aquilo que para outros era algo oculto. A vergonha, o medo de rejeição eram imensos, e não queria novamente ser rotulada de estranha.
O passado tinha-me bloqueado neste aspecto…
Tudo aquilo que somos, não é por acaso que o somos
Durante vários anos fui a estranha dos grupos de amigos e colegas – via, falava e sentia aquilo que para os outros era algo de paranormal, e para mim era tão comum no meu dia-a-dia.
Sem entender o porquê, continuava a querer transmitir estes conhecimentos espirituais, uns aceitavam muito bem, o que era magnífico (a minha mãe e uma amiga minha, sempre aceitaram tudo o que eu lhes contava, ficavam maravilhadas com toda a minha energia espiritual), no entanto outros não compreendiam e o
bullying era a única resposta que tinham para mim.
Comecei a sofrer de bullying na minha juventude, não apenas pela espiritualidade (contar-vos-ei noutras situações), mas também por ela e assim comecei a empurrar-me para trás, cada vez mais. Não queria ter mais nada a haver com o que fosse espiritual (pelo menos da minha forma – ver, falar ou sentir o que é que fosse paranormal), eu só queria era ser normal.
Um dia disse ao Universo que não queria mais sentir esta ligação estranha, que queria ser normal como todas as outras pessoas. Que estava cansada de sofrer agressões verbais ou físicas por ser sempre diferente dos outros e não ser compreendida. E assim foi, mantive-me mais “normal” durante alguns anos… no entanto havia aqui dentro algo a querer sair, mas eu abafava a todo o custo – queria ser normal. Mais tarde, comecei a pensar…
mas o que é que é normal? Como podemos definir aquilo que somos se é ou não normal?
Normal é seres aquilo que realmente és, é aceitares que tu és assim por alguma razão. Quando aceitares então és normal aos teus olhos e ficas também normal aos olhos dos outros. Tudo é uma questão de perspectiva. Apesar de sentir isto, mantive-me assim durante vários anos. Tirei os meus cursos superiores, pois eles ajudavam ainda mais a ser normal na perspectiva do mundo, fui trabalhar na área do meu curso… e mantive-me “normal” aos olhos da sociedade durante vários anos.
Continuava a sentir-me diferente. Não tão notório como no passado, no entanto havia aqui algo. O Universo não me tinha arrancado o conhecimento ou os dons que eu trazia para o mundo, apenas ouviu o meu pedido para os acalmar ou para eu aprender a usa-los conforme a época que estávamos. O Universo ajudou-me a sentir incompleta – só assim eu entenderia.
Entrega sempre os teus pedidos ao universo, dizendo "… se for bom para mim"
Fazemos muitos pedidos ao Universo, muitos deles podem não ser o melhor para nós, mas pedimos… o Universo dá-nos aquilo que queremos, se realmente for algo bom para nós, no entanto se não for, pelo menos é bom para aprendermos. Pois aquilo que está reservado para nós, nunca nos é retirado e a oportunidade vai sempre encontrar um caminho para re-entrar na nossa vida. As oportunidades vão estar sempre lá à espera até ao dia que possamos dizer “quero-te de volta”, foi o que se passou comigo.
Sentia-me incompleta… tinha iniciado um site onde vinha a falar sobre o veganismo e sobre a alimentação vegetal, mas não era o que me completava, era aquilo que melhor me escondia naquele momento – tinha iniciado uma nova jornada na minha vida e a alimentação 100% vegetal começava a fazer parte do meu dia-a-dia, nada melhor do que me refugiar naquilo que mais gostava de momento. Não me arrependo por ter tomado a escolha de iniciar este rumo na minha vida e ter criado o site de alimentação e estilo de vida vegan, pois foi o meio que me veio a possibilitar lançar o meu primeiro lindo livro “
Cozinha 100% Vegetal e Saudável“, que já ajuda milhares de pessoas a optarem por uma alimentação mais amiga dos animais, do planeta e da humanidade – só posso estar orgulhosa deste meu despertar e do apoio que tive durante esta jornada da minha vida. O melhor de tudo é que foi aqui que também tudo se transformou, para que hoje eu me aceite tal como vim e com tudo aquilo que trouxe para vocês.
Nunca paramos, porque se existisse limite, ele estava sentado no infinito
Foi destes momentos que aconteceu o despertar e de onde veio a nascer o
Be Pure Inside, o site que agregou todos os meus
4 sites, os meus 4 refúgios. Sim, ainda tinha mais dois sites que não misturava com os que já falei em cima. Um site de dança do ventre (danço desde 2002, hoje apenas como hobby) e o site que ainda existe onde eu e o meu namorado temos as nossas aplicações para smartphones e outros dispositivos (este está mais à parte por ser um rumo profissional internacional e diferente do que tenho aqui convosco). Podem ver o artigo onde falo um pouco sobre eles em “
A fusão dos meu 4 sites e a libertação da timidez“.
Não queria ser a terapeuta da espiritualidade, parecia que este trabalho nunca ia encaixar em mim, sentia vergonha cada vez que alguém me dizia “tens um dom muito forte, deverias utiliza-lo na espiritualidade” eu respondia sempre “ah, não, não… não quero”. Mantinha-me na minha zona de conforto, onde o meu Ego-Humano estava muito feliz e calmo. Sem grande adrenalina, sem grandes mudanças. A vida ia andado. Mas não estava a ser vivida, explorada, vivenciada. Não me sentia alinhada com o meu propósito, ou pelo menos da estrada que me levaria até lá. Quando aceitei a minha espiritualidade, quando aceitei que conseguia ajudar quem me pedia ajuda, descobri que o meu propósito esteve sempre à minha frente, eu apenas desviava-me dele. O teu propósito de vida está mesmo à tua frente.
Fecha os teus olhos físicos, para que os teus olhos espirituais possam trabalhar a 100% e começas a tirar aquele pano denso que está a vendar-te a alma, o espirito, a tua divindade.
Hoje eu digo a qualquer pessoa que sou um Ser Espiritual e que vim ao mundo com padrões espirituais diferentes do comum, porque nada é por acaso e ainda continuo diariamente a descobrir as minhas missões.