Eram 22h02 quando o Artem (o meu namorado) me disse: “preferes dormir para ver se descansas?”…
Tinha estado doente durante toda a Segunda-feira, na Terça-feira, já me sentia um pouco melhor e consegui trabalhar. Mas depois do almoço, senti-me novamente muito mal disposta. Sentia umas dores horríveis na barriga, parecia que tinha sido cortada ao meio pelo estômago. Não tinha a certeza se era uma paragem digestiva, porque acredito que os sintomas são diferentes (suores com má disposição), no meu caso, era uma dor muito forte no estômago que me obrigava a estar curva e deitada.
Ia tentado trabalhar ao máximo, mas as dores estavam a intensificar cada vez mais. Não aguentei e preferi deitar-me. Chegaram as 19h00 e continuava deitada, sem conseguir praticamente mexer um músculo. O cérebro não funcionava correctamente,
não articulava bem as palavras, no entanto ouvia uma voz dentro de mim que me dizia que não era nada de grave ao ponto de ir para o hospital.
Uma noite de sono e tudo iria passar. Não sabia era o que estava para vir.
Ainda eram 19h30 quando o Artem foi passear o Vinci (o nosso cão) à rua. Mais tarde, não os senti chegar – só queria estar deitada e tentar dormir o máximo que pudesse – sempre agarrada à barriga, numa tentativa de que isto a fizesse acalmar. Acordava e adormecia, acordava e adormecia, perdia noção do tempo. O Artem fez-me uma
Mesa Radiónica e a minha mãe já havia feito uma
Terapia Multidimensional, para me ajudarem a ultrapassar este momento da melhor forma possível, pois eu não queria mesmo ir para o hospital. Continuava deitada e agarrada à barriga.
Eram 22h02 quando o Artem me disse: “preferes dormir para ver se descansas?”. Eu disse-lhe que não. Que era capaz de me levantar e tentar ir para a sala, para terminar o serão de Terça-feira com eles. Ele ajudou-me a levantar, assim que me senti em pé, o quarto começou a andar às rodas e
o meu corpo caiu em cima da cama, mas amparado pelos rápidos reflexos do Artem. Mais duas tentativas e ele disse-me “é melhor dormires até amanhã, para ver se passa”, dado que eu dizia sempre que uma noite de sono e ficava bem. Agora esta frase já me fazia mais sentido, dormir ia-me fazer bem. Ele levou-me até à casa de banho, parecia que tinha 3 pés, não sabia manipular tantos pés, pareciam que todos eles queriam andar mais rápido do que eu aguentava. De volta ao quarto, quanto me deitava, ele disse-me “
talvez estejas a despertar a tua Kundalini“, não era nada que não me tivesse pas
sado pela mente, mas os sintomas não mostravam ser isso… ainda, talvez um dia.
Deitei-me e o sonho de cura energética noutra dimensão, começa aqui:
Estava num edifício enorme onde não conseguia ver os limites para além de onde eu estava. O local era todo branco e com algumas divisórias em vidro baço. O teto era gigante, como que uma catedral. Haviam escadas para subir e outras para descer, e as escadas tinham um formato de uma concha – os primeiros degraus eram mais estreitos do que os últimos.
Toda a estrutura arquitectónica daquele local era de cortar a respiração, talvez para manter todos os sentidos naquela linda paisagem futurista. É como se tudo tivesse uma luz própria e brilhavam a uma intensidade linda – as paredes, o teto, o chão, as divisórias.
Haviam mais pessoas naquele local – uns apenas andavam de um lado para o outro, mas sempre em passos calmos e serenos, com uma expressão tão tranquila que nem pareciam estar doentes. Eu sabia que estavam,
assim como eu também estava doente, agora num local de cura. Outros ficavam simplesmente sentados nuns compridos e curvados bancos brancos que percorriam uma grande parte do salão gigante. Alguns deles conversavam calmamente e outros estavam sozinhos, como que num momento de introspecção.
Todos nós usávamos um roupão branco muito confortável e suave, que assentava como nenhum outro que já vesti. E noutra divisória do grande salão, haviam umas camas com um formato muito peculiar, faziam-me lembrar aquelas capsulas onde vemos nos filmes os astronautas hibernarem, para fazerem uma grande viagem até ao espaço. Mas neste caso, eram completamente diferentes, eram brancas, mas em vários tons de branco – pareciam que tinham luz própria em toda a estrutura arredondada da cama. Eram abertas na parte do peito para cima e em vidro baço com um
degradé a ir para o branco leitoso, do peito para baixo até aos pés. Ninguém ficava fechado. Uma luz ficava a incidir nos rostos e peito dos que estavam deitados,
para além da divina luz branca que a cama irradiava por todo o lado.
Uma cura energética dada por seres de luz
Eu podia passear por lá – por todo o salão, naquele momento não sentia qualquer dor abdominal, apenas sentia-me fraca, mas sabia que estava em cura, só por estar ali e pelas técnicas inéditas que utilizava em mim própria. Que me tinham sido ensinadas. Não sei bem por quem, não consegui ver quem falava comigo, a luz era tão forte que os meus olhos não conseguiam ver mais além, no entanto, sabia que para além daquela ofuscante e linda luz,
estava um Ser que falava comigo e eu aprendia. A técnica de cura era por partes. É difícil explicar com palavras que conhecemos – com palavras humanas – durante todo este tempo eu acordava e sentia-me novamente na minha cama e pensava “tenho de me lembrar disto tudo” e voltava a adormecer. Acordava novamente e pensava “quando estou lá sei explicar, mas quando volto para aqui (para a minha cama), não consigo arranjar palavras para descrever, nem o cérebro consegue desenhar novamente a maravilhosa experiência pela que estou a passar.” É de facto algo transcendente ao que conhecemos e conseguimos explicar. Voltava a adormecer e voltava novamente para lá.
Como dizia, a cura era por partes e eu conseguia manifestar tudo o que queria. Só tinha de pensar. Quero dividir o meu corpo ao meio e focar-me do estômago para cima. Uma placa rectângula de luz incidia nesse local e eu só tinha de pensar “agora, quero que o corpo vibre para curar” e ele vibrava, “agora quero luz” e a luz aparecia. Fazia o mesmo para uma perna e outra, nos braços, na cabeça.
O pensamento era tão poderoso, que eu podia pensar em qualquer coisa para ela acontecer. “Tenho isto e quero agora que se transforme em …” e aquilo acontecia – qualquer coisa. Era tão fácil que conseguia e podia aplicar isto em todas as áreas da vida, o truque é apenas mudar o pensamento e aquilo que queremos aconteça. Num segundo, eu sei que é complicado de explicar, mas a ideia simplesmente esta.
Aproveitei imenso e curava tudo o que me lembrava. Só me apetecia estar naquela sensação. Estava comigo uma outra rapariga, também ela em cura. Conseguia ver-lhe o rosto, mas não consigo saber bem como ela era. Nós conversávamos e riamo-nos, numa conversa muito tranquila e muito serena. Foi-nos dito para irmos tomar um duche – fazíamos várias vezes este duche porque libertava tudo o que já não nos fazia falta depois da limpeza. E assim o fizemos. O local do duche é algo indiscritível com palavras humanas – bem todo o local o é.
As divisórias dos chuveiros eram em luz, mas tão forte e rijas como paredes de betão. Os chuveiros eram lindíssimos e pareciam de vidro e ao invés de sair água, saía luz que escorria pelo corpo como se água fosse, e o corpo não ficava molhado, pois era luz que estava no corpo, logo a seguir podíamos vestir novamente aqueles deliciosos roupões leves e grossos ao mesmo tempo.
A luz e o pensamento são ferramentas maravilhosas que estão disponíveis
Voltei a percorrer o grande salão, e vi um antigo colega meu do curso de jornalismo (ano lectivo de 2002/2005). Ele estava deitado, mas não estava naquelas capsulas de luz, haviam ainda umas outras camas que se moviam com o movimento do corpo, sempre para acompanhar qualquer que fosse o movimento. Quando o reconheci, baixei-me para falar com ele, “Carina, estás aqui?” perguntou-me curioso “é para me levantar agora?” continuou, pensando que o tinha ido chamar. Passei-lhe a mão no rosto e pelo cabelo, acalmei-o dizendo “não, ainda não. Se quiseres venho aqui chamar-te quando for.” – eu sabia que o podia ir chamar para um evento que ia haver – agora não sei qual é. Enquanto fazia isto, sentia um enorme amor por ele –
sentia um enorme amor incondicional por todas aquelas pessoas que ali estavam, sem as conhecer. Um amor que normalmente não somos capazes de sentir aqui nesta dimensão, era um amor puro.
Passei por um corredor largo cheio de luz branca e assim terminou o sonho. Mais tarde é que me senti a acordar. Não foi momentâneo, houve ainda ali um compasso de espera, entre o fim da cura na outra dimensão espiritual, para o meu acordar aqui nesta dimensão física. Pelo menos na minha ótica houve esse tempo. Acordei curada, sem qualquer dor e muito calminha, um pouco can
sada, mas mais tranquila e com um sentimento de gratidão enorme que me enche o coração.
O resto fica na minha mente, pois consigo mais desenhar na minha mente e gesticular, do que transcrever em palavras num dicionário tão limitado que é a linguagem humana.
O certo é, que fui levada a uma dimensão espiritual onde vários Seres de luz me curaram e me deram imenso amor e ferramentas maravilhosas, ferramentas que eu posso usar hoje aqui para vocês. Onde consegui ver e experienciar toda aquela luz e energia. Gratidão a todos os Seres de luz que esta noite me transportaram a outra dimensão e deram a oportunidade de me lembrar para partilhar a todos vocês esta maravilhosa experiência. Tenho mais experiências lindíssimas que quero começar a partilhar convosco.
Se quiserem descodificar os vossos sonhos, se tiverem alguma sensação de mal estar ou
não estiverem a entender o que se passa na vossa vida – sentem algo inexplicável, como a
mediunidade ou outras sensações. Podem ver as terapias que tenho disponíveis para vocês na secção
Consultas.